acordei
uma vida, de um sono profundo
perdido, deitado estive em meu passado
do azul, e é lá que é a morada do meu
silêncio.
caminhei
dentro de possibilidades, nas estradas elásticas
que aos poucos transformei em suaves plumas
e tornei sereno o chão vago dentro do
silêncio.
contei
histórias em tecidos e em luzes derretidas
e fiz do meu futuro a escravidão das palavras
saindo do absoluto, quebrando o idiota
silêncio.
criei
espumas flutuantes brancas, perdidas no branco
do ar, moderações que torturam as leis do
universo, entre o riso e o choro, entre o grito e o
silêncio.
terminei
e ressucitei o nascer do dia e do medo
que tocam e espreitam todos, as manhãs envoltas
de sombra, ando da falta de lembranças, continuo o
silêncio.
~´=-9