segunda-feira, 6 de outubro de 2008

mastigando pimenta


A Arte.
O cérebro passa a ser seu coração, quando você cria e enxerga o mundo, belo e artístico.
Sua racionalidade é suave quando nela é embutida: o único, o primordial, o inusitado...

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pouco do natural é aqui
brutal e estralante o sabor
o vermelho
o ardido
na boca
triturado por diversão.

o novo lugar é aqui
desconhecida é a sensação
o doce
o papel
mistura de cores
pensamentos sem direção.

o criar não só aqui
e as imagens se divertem
do eterno
do acaso
e de algumas vidas se
de nada serve a criação.

a admiração é daqui
para tudo que é e vejo
o lugar
a coisa
as pessoas que são
e tudo já é coração.

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Quem? Depois de viver e refletir, não quer e não sente a indiferença do mundo, fica feliz
e nada vê, nada sabe, é também indiferente ao mundo...
mas, aquele que é, porque sabe da indiferença e nota que nada adianta o viver sem arte,
é o indiferente diferente, e é aquele que vive com o coração, que admira, que chora o dor
de nada saber, que vomita a existência alheia...


~´-

2 comentários:

mano maya kosha disse...

talvez seja os olhos lançados para aquela parcela da realidade discreta, que apenas adocica o dia de quem ousa se entregar, onde viver a emoção com sabedoria, está em se controlar sem se privar, isto sim é a liberdade conquista, onde não se violenta para se expressar, onde não se atende a razão ou a emoção, mas se atende a vontade, uma coisa própria, que não ignora, nem valoriza, apenas tenta se consolidar ...

mano maya kosha disse...

engraçado como as idéias aqui sempre se apresentam de maneira fundida, com dimensão metafórica, e sempre com algo a mais ao se encerrar, ao ler vc acha tudo confuso, depois compreendendo vc percebe talvez que está solto, só depois pode admirar a intenção maior, se é que o que vc recebeu é de fato a intenção que se escreveu, mas depois disso já está feito, a partir do momento que alguém se depara com "isso" um outro "aquilo" já toma forma, e este aquilo é exatamente o "isso" que deixei acima ...